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As Figuras Complexas de Rey (FCRO) são um teste neuropsicológico criado por André Rey em 1941 e padronizado por Alejandro Osterrieth em 1944. O teste consiste em apresentar ao sujeito uma figura complexa de 18 elementos, e pedir-lhe que a copie primeiro e depois a reproduza de memória.
O teste FCRO avalia uma série de funções cognitivas, incluindo:
Organização perceptiva: A capacidade de identificar os elementos da figura e organizá-los em um todo coerente.
Memória visual: A capacidade de lembrar a figura depois de vê-la durante um breve período de tempo.
Planejamento e execução motora: A capacidade de desenvolver um plano para copiar ou reproduzir a figura, e depois executá-lo de maneira precisa.
Controle motor: A capacidade de controlar os movimentos do lápis para copiar ou reproduzir a figura.
O teste FCRO pode ser aplicado a pessoas de todas as idades, desde crianças de 6 anos até adultos idosos. O teste é dividido em duas fases:
Fase de cópia: Nesta fase, o sujeito tem 10 minutos para copiar a figura o melhor que puder. São avaliadas a precisão da cópia, a organização perceptiva, e o uso do espaço.
Fase de reprodução de memória: Nesta fase, o sujeito tem 10 minutos para reproduzir a figura de memória. São avaliadas a memória visual, o planejamento e execução motora, e o controle motor.
Os resultados do teste FCRO são utilizados para avaliar o funcionamento neuropsicológico de uma pessoa. O teste pode ser útil para diagnosticar uma variedade de transtornos neurológicos, incluindo:
Lesões cerebrais: O teste pode ajudar a identificar as áreas do cérebro que foram danificadas por uma lesão cerebral.
Doenças neurodegenerativas: O teste pode ajudar a avaliar o progresso de uma doença neurodegenerativa, como a doença de Alzheimer ou a demência.
Transtornos do desenvolvimento: O teste pode ajudar a identificar os transtornos do desenvolvimento que afetam o aprendizado e a função cognitiva.
O teste FCRO é uma ferramenta valiosa para a avaliação neuropsicológica. O teste é fácil de aplicar e de interpretar, e pode fornecer informações importantes sobre o funcionamento cognitivo de uma pessoa.
Aqui estão alguns exemplos de como o teste FCRO pode ser usado para diagnosticar um transtorno neurológico:
Um paciente com uma lesão cerebral no hemisfério direito pode ter dificuldade em copiar a figura de memória, porque o hemisfério direito é responsável pela memória visual.
Um paciente com Alzheimer pode ter dificuldade em copiar a figura de memória, porque a doença afeta a memória.
Um paciente com autismo pode ter dificuldade em copiar a figura de memória, porque o autismo pode afetar a organização perceptiva.